quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Não... Será?

Não vou mais. Prometo isso a mim. 
Para que tanta exposição?!
Se a resposta é certa, insistir é inútil. 
Não brigue com a desnecessidade. 

É essa esperança que morre por último.
Se primeiro morresse, de quando em quando, 
subitamente de preferência ,
encerraria um capítulo longo e cansado. 

Isso é um instrumento de tortura. 
A vaidade não deixa reconhecer o ponto. 
Foi-se. Aceite.

As águas carregam o que não se criou raiz.
Para um espírito largo, afago é nada.   
Recomece, recomece, recomece. 

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Para lá de Greyskull

Há muito as margens deixaram de ser plácidas.
Com profusões de macroproblemas estampados,
a impressão é que nada se encaixa.
Dormi num berço esplêndido e acordei no caos.

Ninguém se entende nessa Torre de Babel.
Cada famigerado busca sua salvação,
devastando bases que só pareciam sólidas.
Heróis não resolvem nossos problemas.

O poder é perigoso.
Os soldados de Zohar são insuficientes.
E o Castelo está exposto.

Os números não batem.
Os argumentos não se encaixam.
E as explicações são insuficientes.

#31DiasDeAgosto 

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Ler nas entrelinhas

E aquela aula cabulada de Português?
Poderia lhe ser útil agora.
Teria economizado tempo
e não vilanizado o romantismo.

Ler nas entrelinhas não é estilo.
É instrumento estratégico político-social.
Metade do que se diz não está nas palavras.
Sem entender a regra, perdeu por W O.

Inferências, deduções...
Não são “coisas” de gramática.
Criança, recupere aquela aula perdida.

A opção por testes arriscados foi fatal.
Quis o 8 ou 80.
Não soube identificar que era cinza.

#31DiasDeAgosto

domingo, 2 de agosto de 2015

Errar o caminho


A confiança é traiçoeira.
Por sabermos o caminho de cor
um erro parece impossível.
Perdemo-nos com o excesso de certeza.

Sair da rota é inevitável.
Entre o plano e a realização,
há curvas, lombadas e sábios retornos.
A chegada tem vários caminhos.

Se perder faz parte.
Retroceder estrategicamente
Não faz perder o foco.

E acontece de, voltas após voltas,
O destino calhar em ser frustrante.
Não importa. 


#31DiasDeAgosto 

sábado, 1 de agosto de 2015

#31DiasDeAgosto

E eis que inicia este que é o meu mês... Mês em que surgi, nasci, estreei, pulei para a vida que me esperava e que desbravei... Muitos não gostam dele. O chamam de tenebroso, sombrio...

Para a nossa política agosto é realmente marcado por tragédias, renuncia e suicídios de presidentes da República. Em 13 de agosto de 2014, um acidente aéreo matou o ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República, Eduardo Campos. Em 25 de agosto de 1961, o então presidente Jânio Quadros renunciou ao cargo (o ato mergulhou o país numa instabilidade política que desaguou no Golpe Militar de 1964). E a data de 24 de agosto de 1954 será para sempre lembrada como o dia em que, com um tiro no peito, o presidente Getúlio Vargas saiu da “vida para entrar na História”.

Mas, em meu microuniverso, agosto é importante e especial. Nele eu nasci e nele, há exatos dois anos, também nasceu Bellinha, minha linda afilhada.
Então, neste ano, cada um dos 31 dias de agosto terá um registro do meu olhar... Vamos ao 1° de agosto.  

  
A pressa pede tempo

Como não ficar inebriado?
É imponente, maior, mais bela e amarela...
Azul? Não vi. Foi outro dia.
Hoje estava lá, 99% para mim.  

Como temer outras 30 noites
Se primeira já se prenunciou?
Haverá de certo mudança de humor.
Faz parte. Recomece.

De fato, uma imagem revigorante.
Não era preciso nada mais.
Parei, contemplei e o resto ficou opaco.

Ao lado, os 80 km não tinham razão.
Pelas laterais, os alertas se multiplicaram.
É bonito de ver a pressa pedir tempo. 

quarta-feira, 29 de julho de 2015

do ID ao SUPER


A cautela de um
não freia a impulsividade do outro.
Este insiste,
mesmo diante da certeza do que lhe espera.

Mas aquela dose de loucura,
de irracionalidade, faz tão bem.
Deixa-o menos chato,
menos super.

Menos pode ser mais.
...Mas pode ser menos ainda.
E aí?
Vai de mais ou de menos?

(Graziane Madureira)

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Uma amizade para recordar


Acredito que nada é apenas uma coincidência. Ontem, após me bater uma imensa saudade de um amigo baiano, procuro o número dele em meu celular e não encontro. 

Hoje, abro meu e-mail e me deparo com uma das maiores demonstrações de carinho, amizade, e respeito profissional e intelectual que tive nos últimos tempos. O que mais me emocionou foi que essa homenagem partiu de alguém por quem tenho tanta admiração e gratidão, o jornalista Wilson Midlej.

Midlej, fez-me um convite da forma mais singela, daquele jeito Midlej de ser. Ele, que vai publicar uma coletânea de crônicas sob a “cidade sol” (para quem não é baiano, a cidade é Jequié), me convidou para escrever a orelha do livro dele. Como esconder as lágrimas que me veio aos olhos com esse convite???!!! Como não se emocionar. 

 “Grazi, a Assembléia Legislativa da Bahia vai imprimir uma coletânea de crônicas cometidas por mim em quatro anos. São 296 páginas. O jornalista Sebastião Nery vai escrever o prefácio. Gostaria que você escrevesse a orelha. A lembrança do seu talento, da sua beleza e da sua competência ainda não me abandonou. (...) Aguardo resposta”. 

Precisa de resposta???!!! 

Eu, que tanto aprendi com esse profissional; eu que tive o privilégio de ter sido “foca” desse jornalista; eu que tive o estímulo e a liberdade para “poder voar” no início de minha carreira...   Sinto-me honrada.