Semana passada, deparei-me com uma angustia profunda, um vazio existencial enorme, aparentemente sem explicação, ou com motivos insuficientes. Isso me fez lembrar uma música do também baiano Raul Seixas, “Ouro de tolo”.
De fato, “eu devia estar contente porque eu tenho um emprego, sou um dito cidadão respeitável, e ganho quatro mil cruzeiros por mês”... Hoje posso dizer que já realizei grande parte do que sonhei quando era adolescente, estudante. Meu caminho está sendo trilhado conforme planejei. Sabia que fazia parte da minha escolha deixar muito para traz: pai, mãe, irmãos, amigos, amores. São escolhas que fazemos e, conforme a terceira lei de Newton, pra toda ação há uma reação.
Eu realmente preciso de mais para sobreviver; um mais imaterial; um mais existencial... um mais que eu não sei o que é. Entretanto, vou descobrir.
São os desafios que movem os homens e possibilitam a criação, seja ela qual for. Para quem sempre foi inquieta, se deparar num estado de inércia é realmente angustiante. Sei que “devia estar sorrindo e orgulhoso por ter finalmente vencido na vida, mas eu acho isso uma grande piada e um tanto quanto perigosa”.
7 comentários:
Seu texto é muito bom de se ler.
Parabéns, viu? Continue escrevendo, assim saberemos mais sobre você.
Bjo
Opa, olha ai! Boa intervenção utilizando música de Raul Santos Seixas. Eu acho essa música muito boa. E, no meu pitaco, ela reforça o poder do simples na nossa vida. No final dela eu sempre acho que, mesmo cercado pelas coisas materiais que conseguiu, ele vê um fio de esperança representado pelo disco voador. Talvez a clareza simples que se buscava. Mas, a história nos diz que geralmente eu estou errado hahahahhahhahaha
Bj
@simplesmentelauro
o que vc precisa é de um amor...daquelas paixões arrebatadoras e eu torço que isso aconteça o quanto antes!!
Mais um vez , parabéns pelo Blog , esta show .
Quanto ao texto , só tenho uma coisa a dizer , você já provou pra si e para todos que quando você que , você consegue , não se esqueça disso , beijos.
Nada traz mais satisfação que a felicidade inesperada. As metas cumpridas são boas sim e proporcionam um tipo de felicidade, é claro.
Porém há em todas elas o peso das nossas expectativas. As metas planejadas são, portanto, sempre imperfeitas, pois sempre falta algo. As expectativas não deixam nada ser perfeito.
Já o inesperado não traz consigo qualquer expectativa. E é isso que faz dos momentos não planejados os mais memoráveis. Porque uma surpresa boa e inesperada é perfeita, é só lucro, uma vez que não se esperava nada.
Olha ai rapaz, não sabia que no Gama as pessoas eram letradas hahahahahahaha Concordo com o senhor, Eduardo. Mas, penso também que se olharmos por outro lado, existe a busca pelo inesperado, algo que nos surpreenda. E isso é um tipo de expectativa. A diferença é que, nesses casos, a nossa expectativa é por algo que não conhecemos. Mesmo quando encaramos algo com pessimismo, existe ai uma carga de expectativa. Uma expectativa do erro. Um mecanismo de expectativa que usamos para nos proteger. A maioria dos dias de nossas vidas são irrelevantes e com um amontoado de expectativas.
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